Assumindo sua responsabilidade junto ao fomento da sergipanidade, o Centro de Excelência Master realizou mais uma edição do Programa ERER – Educação para as relações Étnico-Raciais Master, iniciativa que busca incentivar toda a comunidade escolar a uma reflexão a respeito dos símbolos sergipanos e da história preta presente em cada um deles. Nas atividades realizadas nos últimos dias 25 e 26 de abril, os colaboradores participaram de passeios pedagógicos ao Museu da Gente Sergipana e ao Quilombo Urbano Maloca.
De acordo com a gerente de Marketing do Master e pessoa à frente do Programa ERER, Thiara Meneses, essa ideia se deu de forma a proporcionar que os colaboradores conheçam uma Aracaju diferente.
“Percebemos, em conversa com os colaboradores, que muitos deles não conheciam o Museu da Gente Sergipana pelas razões mais diversas. Sendo assim, colocamos à disposição deles a ida ao museu, e a turma abraçou a ideia. A atividade do museu foi fruto de uma parceria da Diretoria de Gente com o Programa Erer, para que dentro das atividades, possamos trabalhar as pautas raciais, que fazem parte do letramento racial que estamos trazendo para o time do Centro de Excelência Master. Então, falamos muito sobre essa herança preta que temos em nosso estado”, explicou Thiara.
“O museu é lindo, valeu muito a pena todo mundo ir visitar. Só tenho a agradecer ao colégio Master por nos proporcionar esse momento tão especial para conhecermos um pouco mais da história da nossa gente sergipana”, comemorou a professora de ballet, Larissa Melo
Já em relação à visita ao Quilombo Urbano Maloca, a Gerente de Marketing destacou a importância da pedagogia preta e a imersão sugerida para que eles conhecessem uma Aracaju que não está nos livros. “Fizemos essa trilha de conhecimento totalmente inseridos no recorte racial e convidamos o professor e historiador Jailton Peterson, que está à frente do Projeto Sergipanidades do Master, para a partir do seu olhar, ele pudesse falar a respeito da importância da Maloca e do Centro de Criatividade para a construção da identidade sergipana”.
A Maloca
Foi o primeiro quilombo urbano de Sergipe e abriga diversas famílias. A história da Maloca começa em 1915, quando Adelino José dos Santos mudou-se do município de Riachuelo para a capital, Aracaju, com os oito filhos para morar na região. Logo depois vieram outras famílias, mas as condições de vida eram precárias, com casas feitas de caibo em formato de oca, cobertas com palha. Grande parte dos fundadores vieram de canaviais, dos engenhos de açúcar, e construíram as casas em pedaços de terra cedidos por parentes que já moravam nas proximidades.
No dia 7 de fevereiro de 2007, a Maloca foi reconhecida como reminiscência de quilombo pela Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura. A ONG Criliber que há mais de 34 anos atua na região teve papel fundamental no reconhecimento da área, principalmente devido a um estudo antropológico que consistiu no mapeamento da comunidade com registro em livro.
Mais edições do Projeto Erer estão previstas para 2024, com o objetivo de fomentar a história e cultura de Aracaju com o necessário recorte racial, fundamental na formação antirracista que o Centro de Excelência Master se propõe não só junto aos colaboradores, mas com toda a comunidade escolar.