Realizando ações informativas com toda a comunidade escolar alusivas ao Abril Laranja, o Centro de Excelência Master realizou na última terça-feira, 23, a Mesa Redonda com o tema “Eu, você e nós construindo estratégias de enfrentamento ao bullying e cyberbullying”. O evento teve como convidados o professor Marcus Everson, de Filosofia, Paulo Teles, de História, a psicóloga do Ensino Médio, Assistentes e Pré-Vestibular Camila Barreto e o psicólogo Robert Carmo.

No Centro de Excelência Master é desenvolvido o Projeto Enem, que consiste na resolução de diversas questões de prova nas mais diversas áreas, justamente com o objetivo de fomentar nos alunos competências e habilidades exigidas durante a prova. De acordo com a psicóloga Camila Barreto, a mesa redonda foi uma estratégia criada para o diálogo a respeito de temas . “Dentro desse projeto também há a prática da casa de desenvolver rodas de conversa com temas transversais que conversam com as atualidades e repertórios, além de temas que podem cair no próprio Enem. Pensando nessas questões e unindo a ação ao Abril Laranja, o setor de psicologia trouxe essa proposta para o Projeto Enem. A coordenação de psicologia abraçou a ideia de levar o tema do bullying e do cyberbullying para a atividade, que inclusive foi trabalhado em sala de aula no mês de abril”, explicou a psicóloga.

O coordenador da 3ª Série do Ensino Médio, Pré-Vestibular e Assistentes, Anderson Peixoto, explicou sobre como o tema abordado na mesa redonda irá contribuir para a construção do repertório entre os alunos. “Nós sabemos como o bullying se trata de uma questão social, então existe a possibilidade de ser um tema de redação, mas também temos o cuidado, enquanto escola, em dar essa formação aos nossos alunos, para que eles tenham essa consciência dos prejuízos que o bullying traz e se tornarem agentes no combate a essa prática tão danosa”, disse.

“A hiperconexão a que todos estamos submetidos nos dá uma falsa sensação de que informação por si só é suficiente, momentos como esse, que pressupõem a necessidade de uma roda aberta, nos apontam um caminho outro: é preciso mais do que informação, é preciso produzir uma experiência. E o combate ao bullying tem tudo a ver com isso! Ter acesso a uma informação isolada sobre o bullying não é uma tarefa tão difícil, dado o repertório tecnológico e de conhecimento de cada um. A mim, coube a tarefa de dizê-los da necessidade de que possamos resistir à simplificações para produzirmos uma análise e intervenção mais coesas e amplas. Evidenciamos que para além do par ou trio, envolvido na cena de violência, existe uma rede de produção da violência, de tal modo que as estratégias mais eficazes precisam partir das perguntas: como a gente participa da violência? E que racionalidades participam da cena? Essas perguntas inevitavelmente nos convidam a colocarmos em análise nossas racionalidades racistas, lgbtfóbicas, misóginas, gordofóbicas e quaisquer outras que são produtoras de violências, das quais o bullying é um tipo”, destacou o psicólogo convidado Robert Carmo.