Pauta fixa no calendário comercial brasileiro, o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta terça-feira, 8 de março, nos cinco continentes, foi celebrado com uma homenagem a grandes nomes sergipanos aqui no Master.

Tendo como principal objetivo relembrar – e até mesmo apresentar – aos nossos estudantes a história de luta e conquistas da mulher sergipana, elencamos seis nomes notáveis na construção artística, política, jurídica e educacional de nosso estado.

Mas quem são elas? Nascida em 1904, a advogada Maria Rita Soares trouxe para Sergipe o ideário feminista de Bertha Lutz e, a partir daí, fundou a Federação Brasileira para o Progresso Feminino em terras sergipanas. Além disto, foi a primeira mulher a integrar o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e, em 1967, tornou-se a primeira juíza federal do país.

 

Formada em História e Geografia, Maria Lígia Madureira Pina viveu em função das palavras. Professora do Atheneu Sergipense, Instituto Rui Barbosa e diversas outras instituições de ensino de prestígio em Sergipe, exerceu várias funções no magistério e inovou o trabalho criando peças de teatro, palavras cruzadas e charadas como métodos para transmissão do conhecimento, quando tudo isso ainda estava longe das escolas. Enquanto aposentada, dedicou seu tempo à literatura e à Academia Literária de Vida, fundada em 1992.

 

Nascida em 1942, Beatriz Nascimento deixou um legado de luta nos Movimentos Negro e Feminista de todo o Brasil. Além da trajetória de ativista intelectual, Beatriz também escrevia poesias. Em sua obra, fala com sensibilidade sobre a sua existência como mulher e negra. Seu trabalho mais conhecido é o filme Ori, escrito e narrado por ela: nele, ela conta sua trajetória pessoal de mulher, negra e nordestina como uma forma de abordar a comunidade e identidade negra. Em 1995, quando iniciou um mestrado em Comunicação Social, na UFRJ, foi assassinada ao defender uma amiga da violência doméstica.

 

Ainda no âmbito da educação, destaque para a professora, escritora, historiadora, apresentadora, produtora e uma das maiores pesquisadores do folclore sergipano, Aglaé Fontes. Nascida em 1934, Aglaé foi diretora do Centro de Criatividade de Sergipe, sócia do Instituto Histórico e Geográfico do estado e secretária de Estado por mais de três vezes. Além disso, é integrante da Academia Sergipana de Letras, patrona da Biblioteca Aglaé Fontes (anexa à Biblioteca Pública Epifânio Dória) e apoiadora do movimento artístico em Sergipe, com grande contribuição desde a década de 50, com sua escolinha de música.

 

Destaque entre escritores e jornalistas nacionais e internacionais, a intelectual Gizelda Morais teve como uma de suas missões de vida destacar incessantemente o nome de Sergipe por aí afora. Doutora pela França, em 1970, Gizelda estudou e ensinou no Brasil e no exterior, além de ter escrito, orientado e publicado trabalhos nas áreas de Psicologia e Educação. Poeta desde os 12 anos de idade, Gizelda cumpriu sua missão acadêmica e dedicou-se plenamente à literatura, tendo como destaque da carreira a autoria de dois livros premiados pela União Brasileira de Escritores (Absolvo e Condeno [SP/2000] e Feliz Aventureiro [SP 2001]).

 

Outro grande nome da arte sergipana é Ilma Fontes: escritora, roteirista, cineasta e jornalista, Ilma trocou a medicina pelo ativismo cultural. Além de um currículo repleto de prêmios e atividades em diversas áreas – com destaque para o Prêmio Arlequim de Mármore (UFS/1995) -, Ilma foi presidente do Conselho Municipal de Cultura, membro do Conselho Estadual de Cultura, Presidente da Funcaju e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. Além disto, Ilma é fundadora e editora do Jornal O Capital (que circula desde 1991), considerado “The Best of The World Journal Cultural” pelo IWA/EUA/1995.

 

Personalidades que, como ressalta a diretora Pedagógica dos Ensinos Infantil e Fundamental do Master, Vaneide Mitidieri, representam uma parcela muito maior de mulheres que, nas mais diversas funções, contribuem para a construção de uma sociedade cada vez mais forte e democrática. “São mulheres que com sua força, talento e inteligência deixaram – e ainda deixam – sua marca na história sergipana. Nossa campanha vem justamente para reiterar a importância desta contribuição e, claro, reforçar a representatividade feminina na história do nosso estado”, afirma Vaneide.

Parabéns, mulheres!