Muito Mais Que Música: projeto do Master conquista destaque nacional em feira científica no Rio Grande do Sul

O talento e o comprometimento dos alunos do Centro de Excelência Master ultrapassaram fronteiras mais uma vez. O projeto “Muito Mais Que Música”, desenvolvido pela estudante Marina Mascarenhas Freitas de Aragão, da 2ª série, com orientação da professora de Robótica Jacy Alves, conquistou o 2º lugar em História e Ciências Sociais durante a Mostra Internacional de Ciências e Tecnologia (Mostratec), realizada entre os dias 27 e 31 de outubro, em Novo Hamburgo (RS). Ao todo, 36 equipes participaram da categoria, o que torna a conquista ainda mais expressiva. Além de “Muito Mais Que Música”, o Master também foi representado na feira pelo projeto Estação Tupã, ambos frutos do trabalho de incentivo à pesquisa científica desenvolvido pela instituição.

O projeto de Marina apresenta ferramentas voltadas para o ensino e valorização das filarmônicas brasileiras, instituições culturais que promovem o acesso gratuito à música e à formação artística de crianças e jovens. Segundo a aluna, o “Muito Mais Que Música” nasceu da vontade de valorizar as filarmônicas, especialmente a Filarmônica Lira Carlos Gomes, do município de Estância (SE), que foi a principal fonte de pesquisa. Nesta segunda fase, o estudo buscou comprovar a hipótese de que as filarmônicas ajudam na redução da criminalidade e da evasão escolar entre jovens. Durante a pesquisa, Marina realizou uma análise comparativa entre três filarmônicas: Lira Carlos Gomes (Estância/SE), Minerva (Morro do Chapéu/BA) e Instituto Baccarelli (Heliópolis/SP), utilizando o método de triangulação de dados e o método indutivo de Francis Bacon. Mesmo em contextos diferentes, todas apresentaram resultados semelhantes: a presença das filarmônicas faz com que os jovens sejam menos suscetíveis à entrada no tráfico de drogas, à criminalidade juvenil e à evasão escolar.

Na Mostratec, Marina apresentou o projeto por meio de um banner científico, um site interativo, um jogo educativo, em versões digital e física, além de uma cartilha informativa. O estande chamou a atenção do público pelo conteúdo e pela estética, despertando a curiosidade. “As pessoas se interessavam muito pelo tema e elogiavam a criatividade do projeto. O visual lúdico e a proposta social fizeram toda diferença”, contou a estudante.

Para a professora Jacy Souza, orientadora do projeto, experiências como essa são fundamentais para a formação integral dos alunos. Segundo ela, participar de feiras científicas é uma vivência transformadora, que proporciona aprendizado, troca cultural e desenvolvimento pessoal. “A Marina é extremamente engajada e tem uma postura madura diante da pesquisa. Tenho certeza de que toda essa experiência vai refletir na sua trajetória universitária e profissional”, destacou.

Jacy também reforçou a importância de incentivar a pesquisa científica ainda na educação básica, em todas as áreas do conhecimento. “Acredito que as escolas e os professores devem investir cada vez mais em projetos científicos. Os resultados que temos colhido mostram que vale a pena. Muitos alunos do 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental Anos Finais já demonstram interesse em seguir esse caminho, e isso é muito positivo”, completou.

Ao olhar para sua trajetória, Marina reconhece o quanto o envolvimento com a robótica no Master e com os projetos científicos moldou suas habilidades e visão de futuro. “A robótica me ajudou muito na parte comunicativa e visual, principalmente na forma de apresentar ideias e atrair o público. Esses projetos me deram uma base que muitos só têm na faculdade, como a elaboração de TCCs, produção acadêmica e apresentação de banners. Isso tudo me prepara para a vida universitária”, afirmou a aluna, que sonha em ingressar no curso de Direito na Universidade de São Paulo (USP).