Cursar uma universidade no exterior tem permeado cada vez mais os sonhos dos nossos estudantes. E não é à toa: ano a ano, nossos meninos têm mostrado que é possível chegar lá. Só neste ano, celebramos a aprovação do aluno Felipe Bomfim em nada menos que dez instituições de ensino superior dos EUA.
Para aprofundar o assunto e tratar dos desafios e oportunidades dessa empreitada, trouxemos na última sexta-feira (27) as especialistas Mariana Shimoda (consultora internacional em processos admissionais de universidades no exterior) e Bianca Gardim (representante de um aliança de universidades) para um bate-papo enriquecedor com os estudantes Master.
Durante o encontro, nossos estudantes foram apresentados ao funcionamento dos processos seletivos das universidades mais procuradas do mundo – dos EUA ao Canadá, de Portugal à Argentina – e convidados a sonhar com a possibilidade de cursar uma graduação fora do Brasil.
Estudar fora ou não: eis a questão
Optar por uma graduação no exterior, garantem as especialistas Mariana e Bianca, não tem a ver somente com a qualidade do ensino. “Tem a ver com a bagagem que você adquire ao ter o nome de uma universidade internacional no currículo. Aos olhos do mercado profissional se trata da fluência do idioma, o networking com pessoas do mundo todo, de saber administrar seu tempo, ter desafios e lidar sem auxílio dos pais”, explica Mariana Shimoda.
Entre os “plus” dessa experiência, estudar fora significa sair da zona de conforto, ser responsável pela sua vida, além de outras qualidades agregadas com todo conteúdo e aproveitamento acadêmico e profissional. Qualidades extremamente valorizadas quando falamos de mercado e jornada profissional. “Nas férias, os estudantes podem aproveitar para estagiarem e conhecerem mais o mercado do país onde estão estudando, o que certamente enche os olhos das empresas brasileiras: eles serão recém-formados qualificados”, complementa a consultora.
Como o processo admissional fora do Brasil é bastante diferente do aplicado por aqui, é importante que o estudante interessado em graduações no exterior procure agências especializadas no assunto para o acompanhamento de cada etapa – processo que dura, em média, um ano.
“O ideal é que os alunos que já têm essa vontade de estudar fora conversem com os pais o quanto antes para que, já decididos quanto ao assunto, procurem uma agência para dar entrada, se possível, ainda no 2º ano do Ensino Médio”, explica Mariana Shimoda. “Não é que quem está no 3º ano não possa mais fazer, mas se o estudante puder começar esse processo antes, melhor ainda”, complementa a especialista.
O que você precisa saber sobre os custos desse sonho
Quando se pensa em estudar for do Brasil, é fundamental se planejar financeiramente já que, mesmo que a anuidade da universidade seja gratuita – como é o caso de algumas universidades públicas da Argentina -, existem os gastos com moradia, alimentação e os custos do dia a dia.
Nos EUA, especificamente, todas as instituições de ensino superior são pagas e existem três diferentes estruturas de ensino superior: Community Colleges, Colleges e Universidades. Nas Community Colleges, o aluno estuda seus dois primeiros anos antes de progredir para os dois últimos anos, seja em college ou universidade. O investimento para esses dois primeiros anos pode variar entre USD 12 mil a USD 25mil o ano, dependendo da região do país. Dentro dessa estimativa já estão inclusos os gastos com a anuidade da escola, moradia e alimentação.
Já nos colleges e universidades, somente a anuidade custa entre USD 15 mil até USD 60 mil ao ano, e o custo com a moradia e alimentação gira em torno de USD 12 mil a USD 15 mil por ano.
“Os EUA são o país que mais abraça número de instituições com grande variável de valores, muitas delas comparáveis com as faculdades particulares do Brasil. Os EUA ainda são um país que disponibiliza muitas bolsas de estudos, mas lá o esquema de seleção se baseia na meritocracia”, destaca Mariana Shimoda.
Por isso, o conselho para os pais e filhos que possuem planos de estudar fora é que se informem o quanto antes para evitar uma surpresa com os números e o projeto de cursar uma universidade no exterior acabe sendo inviabilizado. “O retorno do investimento feito em um projeto para estudar em uma universidade americana ou em qualquer lugar do mundo é muito mais rápido do que estudar no Brasil. É um investimento que vale muito a pena”, reitera a consultora.
A vinda das especialistas se deu através de uma parceria do High School Master e a CI Intercâmbios e Viagens.
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