Abrindo as atividades do Novembro Negro, os alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental – Anos Finais – do Centro de Excelência Master participaram de uma palestra, no dia 03 de novembro, conduzida por Duda Pereira, que representou a Central Única das Favelas (CUFA) em Sergipe. A ação, promovida pela professora de Língua Portuguesa Juliana Argento, contou com o apoio da coordenação dos 9ºs anos, formada por Bárbara Aragão e pela equipe de auxiliares.

Durante a palestra, Duda apresentou o trabalho desenvolvido pela CUFA e destacou como a instituição atua na transformação da vida de pessoas que vivem em comunidades periféricas, oferecendo capacitação, geração de renda e oportunidades de desenvolvimento social por meio da educação, da tecnologia e do empreendedorismo. “A CUFA contribui mostrando a realidade das periferias e, principalmente, levando oportunidades. Nossos projetos têm o foco em capacitar pessoas que não têm condições de pagar um curso e mostrar que também é possível sonhar e construir um futuro diferente”, afirmou Duda.

“Temos iniciativas voltadas especialmente para mulheres das comunidades, que muitas vezes enfrentam maternidade precoce e responsabilidades familiares muito cedo. Projetos como o Perifa Tech Mulher mostram que elas também podem ser protagonistas na área da tecnologia e do empreendedorismo, transformando suas próprias realidades”, disse Duda. 

A coordenadora do 8º e 9º Ano do Ensino Fundamental Anos Finais, Bárbara Aragão ressaltou a importância de trazer experiências reais para o ambiente escolar, tornando o aprendizado mais concreto e sensível. “Os alunos precisam de algo palpável, de exemplos reais. O trabalho da CUFA mostra na prática como a educação e a iniciativa social podem transformar vidas e abrir novos caminhos. Essa vivência amplia o olhar dos nossos estudantes e os ajuda a compreender melhor as diversas realidades que compõem o nosso país”, destacou.

A professora Juliana Argento explicou que a palestra está inserida em um projeto interdisciplinar que une literatura, consciência social e prática cidadã. A iniciativa parte da leitura do livro Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, para refletir sobre as desigualdades e potências que emergem das favelas. “Não fazia sentido debatermos a obra apenas sem ouvir quem vivencia essa realidade. Trazer a CUFA foi uma forma de contextualizar o livro, de humanizar a discussão e dar voz a quem fala com propriedade sobre o tema. A partir da leitura, os alunos estão produzindo maquetes inspiradas na obra, além de um mural lambe-lambe com trechos e reflexões, e uma ação de arrecadação de alimentos ligada à disciplina de Projeto de Vida”, explicou a docente.

“É muito importante que possamos conhecer uma realidade diferente da que vivemos, pra que a gente possa entender melhor sobre como nossa sociedade é diversa, e a história de vida de cada um”, disse a aluna Tainá, que participou da palestra.