“Feminismo: movimento social e político que tem como objetivo conquista o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres”. Nascido nas ruas de uma tumultuada França do século XVIII, de algumas décadas para cá, o movimento feminista ganhou força, ainda mais adeptas e começou a fazer parte do cotidiano de mulheres de todo o mundo de modo ainda mais consistente.
O tema, que há muito invadiu os muros da universidade, tem adentrado os corredores de escolas públicas e particulares de todo o Brasil e suscitado discussões importantes sobre questões de gênero e questionamentos sobre o papel da mulher na sociedade. Para incentivar o debate e promover um ambiente cada vez mais democrático entre os nossos estudantes, em parceria com um grupo de alunas do Ensino Médio, criamos, em 2016, o coletivo feminista Master Delas.
“É na escola que as pessoas se formam, portanto, se a gente começa a desconstruir esses preconceitos aqui dentro, é provável que o futuro seja muito melhor para as mulheres”, destaca Milena Barreto, 17 anos, atuante do Master Delas.
Foi justamente em clima de desconstrução que, na segunda-feira (31), promovemos uma roda de conversa com exibição do curta sergipano O Corpo é Meu, que aborda a representação da mulher e sua “coisificação” na mídia.
Para enriquecer a discussão, o encontro contou com a presença da ativista, educadora social e presidente da Unegro Sergipe, Thaty Meneses –retratada no documentário -, de Mayra Félix e Cláudia Cristine, integrantes da banda feminina Samba de Moça Só, e autoras da música “O Corpo é Meu”, tema do curta. “É preciso falar sobre machismo, sobre o assédio, as agressões que a gente vive todo dia. Nós não podemos nos calar”, ressalta a música Mayra Félix.
Durante o encontro nossas estudantes compartilharam experiências, contaram suas próprias histórias e mostraram por que é tão importante falar sobre o feminismo.
“Todas elas relataram algum tipo de preconceito contra a mulher: os olhares tortos, as piadas machistas, os desafios que todas nós passamos ao longo da vida. São meninas que já têm esse contato com o feminismo e viram no Master Delas a oportunidade de estreitar os laços com a causa”, comenta a gerente de Marketing do Master, Thiara Meneses.
Milena vê o coletivo como extremamente necessário. “Às vezes a gente não para pra analisar os comportamentos que nós temos no dia a dia, a gente só reproduz, sem refletir sobre os seus reflexos. O feminismo acende uma luz nesse sentido e a escola pode contribuir muito promovendo esse espaço de discussão e aprendizado”, reitera.
A tentativa de colocar o tema do feminismo em pauta deu tão certo que as próximas intervenções já têm data marcada. Em agosto, no dia 16, o coletivo se apresenta no Festival de Artes do Master e, no dia 22, durante o aulão especial do Projeto Enem. Em setembro, as meninas estão convidadas para uma roda de conversa sobre mercado de trabalho e profissões historicamente voltadas para o público masculino. Já em outubro, o coletivo promete uma série de ações especiais durante o Outubro Rosa. “O nosso objetivo é inserir essa temática na rotina da escola mesmo, desde os projetos educacionais aos grandes eventos do Master”, conclui Thiara Meneses.
Confira os registros!