Nos dias 3, 4 e 5 de novembro, o Colégio Master realizou o Festival do Conhecimento, um evento que marcou uma nova etapa na proposta pedagógica da escola. A iniciativa nasce da união de dois projetos já tradicionais, a Semana Literária e o Festival Geográfico, com o objetivo de ampliar horizontes e integrar diversas áreas do saber de forma dinâmica.

A coordenadora dos 6º e 7º Anos do Ensino Fundamental Anos Finais, Ana Karla Hora, explica que o novo formato surgiu da vontade de tornar o aprendizado ainda mais rico e interdisciplinar: “A ideia foi unir os dois eventos e agregar outras matérias, para que fosse um projeto mais completo. O nome Festival do Conhecimento surgiu justamente para que pudéssemos explorar diversas áreas do saber, com práticas mais lúdicas, experiências reais e oportunidades de aprender além do método tradicional”, destacou.

Durante os três dias de programação, os estudantes participaram de palestras, oficinas, debates e atividades interativas, que transformaram a escola em um verdadeiro laboratório de conhecimento. Entre as ações realizadas, houve a palestra com alunos de Medicina Veterinária da Faculdade UniPio, sobre cuidados com os pets e prevenção de zoonoses, como a leptospirose. Segundo a estudante Jéssica Moreira Barros, levar esse tipo de informação aos adolescentes é essencial: “É importante que eles entendam que a leptospirose é uma zoonose, que pode afetar animais e humanos. Informar é uma forma de prevenção e eles aprendem e repassam esse conhecimento em casa e para comunidade.”

Outro destaque foi o encontro com os autores dos paradidáticos trabalhados ao longo do ano: Chiquinho do Além Mar, autor de “Antirracismo Entre a Teoria e Prática” (6º ano), e Alameida Júnior, de “Bullying” (7º ano). Os alunos tiveram a oportunidade de conversar com os escritores, debater as obras e, a partir das discussões, produzir manifestações artísticas. O 6º Ano elaborou cordéis inspirados nas reflexões sobre igualdade e respeito, enquanto o 7º ano confeccionou cartazes temáticos.

A estudante Isabela Viana Dantas, do 6º Ano, participou da oficina de cordel e destacou a importância de valorizar a cultura popular: “Eu acho muito importante trabalhar isso. Já gostava de literatura de cordel e achei interessante conhecer melhor o autor do livro que a gente leu. Agora, quando eu ler, vou entender mais sobre quem está por trás da história.”

Além dos debates e produções literárias, os alunos puderam escolher entre 12 oficinas práticas, explorando desde artesanato, escultura e pintura, até plantio, saboaria, fanzines, teatro, expressão corporal e inteligência artificial. A proposta era permitir que cada um vivenciasse a aprendizagem de forma criativa, escolhendo aquilo com que mais se identificasse.

Para a professora de História Fabiana Góes, o festival representa um avanço importante na forma de ensinar e aprender: “Atividades como essas fazem o aluno sair do papel e construir com as próprias mãos. Eles aprendem a colaborar, a respeitar o tempo do outro, a entender que fazem parte de um todo. Isso é muito mais do que uma aula prática, é vivência e formação cidadã”, afirmou. A educadora também destacou como temas como sustentabilidade podem se conectar a qualquer disciplina: “Mesmo estudando períodos antigos, como a Roma ou a Grécia, é possível discutir sustentabilidade. Por exemplo, quando estudamos um reino africano que chegou ao fim por causa do desmatamento, percebemos como essa discussão é atemporal.”

O Festival do Conhecimento foi encerrado com apresentações culturais, exposição dos trabalhos produzidos nas oficinas e uma mesa-redonda com os alunos, que compartilharam o que aprenderam e vivenciaram ao longo dos dias.