Foram anos dedicados a ensinar, tirar dúvidas e conviver diariamente em salas de aula cheias de estudantes. Quem é professor sabe a dificuldade que é, agora, se adaptar às aulas online, e ao contato apenas através das câmeras. Para ouvir e acolher os profissionais, o Colégio Master está sempre desenvolvendo formas de dar apoio ao corpo docente.
Professores dos 8ºs e 9ºs anos do Ensino Fundamental II tiveram, na segunda-feira, 13, um momento para expor seus pensamentos, medos e inquietações, durante o projeto ‘Eu visto sua camisa!’. Organizado pela psicóloga Isadora Lacerda, o objetivo, como o nome já sugere, é se colocar no lugar do outro e mostrar a todos que eles têm com quem contar.
“O intuito é acolher os professores, para que eles tenham um espaço de troca e diálogos, além do fato de se sentirem cuidados. Eles estão na linha de frente da educação e vêm dando um show de resiliência, criatividade e amor pelo que fazem”, explica Isadora.
Os encontros irão acontecer mensalmente, através de uma plataforma de comunicação em vídeo ao vivo, sempre com um profissional externo para enriquecer ainda mais a experiência. No primeiro encontro, a psicóloga clínica Tatiana Socorro, que atua com docência no Ensino Superior, participou como convidada. Foram abordadas questões como ansiedade, autocuidado, inteligência emocional, estresse, além da importância das emoções e formas de lidar com elas.
Gratidão
Além de se sentirem acolhidos, o grupo teve a oportunidade de falar e desabafar sobre o que cada um está passando individualmente. Para a professora de Redação Michelle Góes, o sentimento é de gratidão pelo apoio dado a eles. “Gostaria muito de agradecer pelo encontro. Foi muito bom falar sobre emoções, sentimentos, principalmente nesse momento de tantas incertezas. Trocar experiências e aprender um pouco sobre o autocontrole, falar sobre a minha experiência foi, de certa forma, libertador”, revela,
Durante a troca de experiências, os professores puderam identificar que muitas situações no dia a dia são compartilhadas por todos eles. Quem também sentiu, mesmo que virtualmente, o acolhimento dessa rede de empatia foi Alayse Alcântara, que leciona Espanhol.
“Pude ver que não estou sozinha nesse desafio, que meus colegas têm passado por momentos iguais aos que eu tenho vivido, e, dessa maneira, a gente tem saído da zona de “conforto”. Consegui me identificar muitas vezes nas ideias que a doutora Tatiana trazia como escape para não entrar em colapso nervoso, e percebi que tenho caminhado bem para meu crescimento pessoal, profissional e espiritual”, afirma Alayse.