Celebrado mundialmente no dia 07 de maio, o Dia da Criança Soropositiva ganhou mais uma edição festiva com o apoio do colégio Master. Idealizado pelo médico e professor da nossa escola, dr. Almir Santana, o “Dia de lazer para as crianças soropositivas e expostas” reuniu cerca de 70 mães e crianças nas instalações da AABB, no último dia 14. Após uma campanha solidária de arrecadação de alimentos, roupas, calçados e brinquedos – que envolveu as turmas do Ensino Médio, Pré-vestibular e Assistente do Master – nossos estudantes marcaram presença no dia de combate ao preconceito, promoção da saúde e de muita diversão.

Em parceria com o Movimento Nacional das Cidadãs Positivas de Sergipe (MNCP), Banco do Brasil, Secretaria de Estado da Saúde, Master e outras instituições, o evento contou com atividades de lazer, esportes e música, dinâmicas de grupo, oficinas de arte e pintura, salão de beleza para as mães e os pequeninos. Tudo promovido por cerca de 60 dos nossos estudantes, que colocaram em prática as lições de solidariedade aprendidas dentro do Master.

“É muito bom poder fazer parte de uma ação tão bonita. Transforma a gente enquanto pessoa, cidadão, e proporciona a essas crianças um dia longe de todas as preocupações com as quais elas convivem no dia a dia”, ressalta a estudante Laís Sousa, que interpretou um dos personagens na peça teatral sobre os cuidados com a saúde bucal da garotada.

Assistida pelo Movimento das Cidadãs Positivas e beneficiada pelo “Dia de lazer”, Assuarina Melo conta que o preconceito ainda é a parte mais difícil para os portadores do vírus HIV. Há 9 anos em duelo com a doença, ela encontra na filha e em iniciativas como esta o combustível para continuar na luta pela vida.

“Eu tenho um carinho muito grande por esse evento. Nós nos sentimos acolhidos, felizes, justamente porque não vemos preconceito nos olhos de quem está aqui. Ações como essa me fazem ter ainda mais vontade de viver, de criar a minha filha com dignidade, de ser feliz”, ressalta Assuarina.

Para a coordenadora do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas em Sergipe, Fátima Souza, não retribuição melhor que receber respostas positivas das participantes do Movimento, como a Assuarina. “A vida segue mesmo com a doença. O nosso papel é mostrar a essas mulheres que hoje nós já temos condições de viver com dignidade. Nós trabalhamos a autoestima, o fortalecimento e a inclusão social dessas mães e crianças e depoimentos como o dela só nos mostram que estamos no caminho certo”, comenta.

Entusiasta da parceria entre o MNCP e o Master, a coordenadora relembra os resultados obtidos a partir da participação da nossa escola no processo de inserção social e empoderamento das mulheres e crianças soropositivas e expostas. “Desde que o Master entrou nessa iniciativa, os estudantes não apenas colaboram com a parte de lazer, como incentivam as mulheres e mães a aderirem ao tratamento contra o HIV. Nossos relatórios mostram que, depois de participarem desses eventos de conscientização, o índice de pessoas – mulheres, mães e crianças – que deram início ao tratamento aumentou muito. E isso, claro, é extremamente importante”, destaca Fátima Souza.

Para o idealizador do evento, a sensação é de missão cumprida. Mas nada de parar por aqui. “Isso serve para que possamos fazer muito mais por essas pessoas. Como idealizador dessa ação, eu fico muito feliz em ver os alunos engajados, conscientes, dispostos a ajudar e fazer a diferença na vida dessas mães e crianças. É uma recompensa sem igual para nós”, afirma dr. Almir Santana.

No final do dia, nossos estudantes também entregaram às crianças e mamães cestas básicas, roupas, calçados e brinquedos para a garotada. Felicidade para quem recebeu os donativos e, como não seria diferente, para a galera Master que, mais uma vez, mostrou que juntos somos muito mais solidariedade!

“A gente entra no projeto do dr. Almir com uma cabeça e, depois desse contato direto com os meninos e as mães, muda tudo. Quando se está aqui, a gente vê que o preconceito é infundado, que não tem razão de ser. É uma sensação indescritível saber que a gente, ainda que com tão pouco, pôde fazer a diferença na vida deles”, avaliou o estudante Nayomarks Fraga.

27.05.2015

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