Arte em estado puro, com toda sua força, poder, cores e formas! Assim foi o 24º Festival de Artes do Centro de Excelência Master, que aconteceu na última terça, 19 de agosto, no Iate Clube de Aracaju. Com o tema “A Terra é Redonda, Mas Não Cabe em Nenhuma Bolha”, o evento celebrou a integração dos alunos do Ensino Médio, com as mais diversas linguagens expressivas e contou com a setlist mais animada de todos os tempos, comandada pelo DJ Rafa Aragão nos intervalos entre as apresentações.
Segundo o professor de artes e idealizador do evento, Milton Gomes, o tema foi escolhido para que os alunos possam refletir sobre realidades para além do seus próprios contextos e bolhas, além do incentivo à inovação. “A natureza nos mostra o tempo todo que tudo é dinâmico e interligado. Quando nos fechamos em bolhas, sejam elas digitais, culturais ou sociais, deixamos de enxergar esses ciclos. O desafio é sair dessas bolhas, reconhecer a diversidade de realidades e construir diálogos que nos aproximem do todo e a proposta é levar essa ideia para os nossos músicos, artistas visuais e bailarinos, mostrando como é possível transformar e reinventar processos”, explicou.
Neste ano, o evento contou com 23 apresentações no palco principal, sendo 17 musicais, quatro coreografias e duas declamações de poesias. Abrindo as apresentações de dança, o Festival de Artes contou com a presença do grupo Subversivos, do Centro de Excelência Estadual Gonçalo Rolemberg. Já em um espaço direcionado ao audiovisual, foram exibidas nove produções inéditas, além dos conteúdos produzidos nos anos anteriores do Festival e clipes indicados pelo Programa de Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER) Master.
Espalhados pela área do Iate Clube de Aracaju, aconteceu a oficina de fanzine, organizada por meio de uma parceria do setor de psicologia com a biblioteca do Master; e tivemos as exposições das produções dos alunos das categorias de: fotografia e artes visuais, através de esculturas, bordados, colagens, pinturas, desenhos, artes em técnica mista, exposições de animes, jogos e action figures.
O corpo de jurados da categoria música contou com quatro grandes nomes da cena cultural sergipana. São eles: Bruno Wesley dos Santos e Wesley Santos Barbosa, que dentre suas atuações artísticas, também compõem o time de educação musical do Master, o cantor Iggo Centaura e a cantora e dançarina Pérola Negra. Reunidos, eles escolherão os vencedores do Festival de Artes 2025. Os resultados serão divulgados posteriormente em uma cerimônia de premiação realizada no próprio Master.
“A educação não se resume apenas à sala de aula. Ela se estende à música, à dança, à pintura. É fundamental que o jovem esteja inserido nessas vivências desde cedo, porque isso ajuda a direcionar para o bem. A arte tem um papel muito importante dentro da educação”, disse a médica e mãe de aluna, Valéria Vieira.
O Festival de Artes também tem a categoria Gestão Pedagógica, um espaço direcionado às tarefas pedagógicas com cunho social. É o caso do projeto Estudo sem Barreiras, que pretende democratizar o acesso à educação de crianças e adolescentes que vivem com AIDS. Sob orientação do professor Almir Santana, grande nome no cuidado e incentivo à detecção de Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTS), um grupo de alunos desenvolveu a iniciativa como tarefa pedagógica do Festival. “É muito gratificante poder contribuir. O professor Almir Santana foi pioneiro no estado no combate às ISTs, sempre ensinando e orientando, e agora temos a chance de dar continuidade a esse legado ajudando outras pessoas. Está sendo uma experiência incrível”.
Para a culminância do evento acontecer de forma grandiosa e para que os alunos que se apresentam possam se sentir artistas de verdade em cima do palco, o professor Milton conta com a parceria do setor de marketing e eventos do Master. “Todos os anos temos o grande desafio de tornar o palco ainda mais especial oferecendo tudo que um artista tem direito, painel de led, iluminação cênica, roadie para assistência no palco, e esse ano como eu pude junto com Milton definir o tema, eu quis trazer o conceito de terra e bolha para decoração cênica que ficou lindíssimo, a gente sempre tem a preocupação de se reunir antes com os alunos e explicar que eles terão uma apresentação de estrela, e isso faz toda diferença para que eles se preparem e tornem aquele momento único e especial”. Quanto ao evento, as alunas Júlia e Beatriz, do 1º Ano do Ensino Médio são enfáticas: “Aqui é o momento de ver e aplaudir os talentos, além de também termos a chance de mostrar o nosso. Fazer o que gosta e se sentir você mesmo não tem preço”, asseguraram.