Os alunos Joaquim Pedro Santos Gomes e Marina Mascarenha Freitas de Aragão, do Centro de Excelência Master, estão prestes a representar Sergipe em um dos maiores eventos de ciência e tecnologia do continente. No próximo domingo, 23 de março, eles embarcam para São Paulo, onde participarão da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), realizada na Universidade de São Paulo (USP). O evento, que ocorre entre os dias 24 e 28 de março, reúne estudantes do Brasil inteiro com projetos inovadores e tem como um de seus maiores destaques a possibilidade de classificação para feiras internacionais.

A dupla forma a equipe SHIVIS, nome que nasceu da junção das equipes de robótica Shield e Jarvis. Destinada aos alunos até completarem 15 anos, a disciplina de robótica foi o incentivo para os estudantes alçarem novos voos. Joaquim e Marina se apaixonaram pelo desenvolvimento de projetos científicos e decidiram ir além da sala de aula; a vontade de criar soluções para a sociedade os levou à participação em feiras científicas, culminando na conquista do 4º lugar na categoria Ciências Sociais Aplicadas da Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia (FENECIT20). O excelente desempenho lhes garantiu a vaga na FEBRACE, onde buscam agora novas oportunidades e reconhecimento.

“Eu fico extremamente feliz porque o crescimento pessoal, profissional e estudantil, tanto de Marina quanto de Joaquim e dos outros alunos, é visível. O avanço deles é notável. Sei que ainda vão dar voos muito mais altos, pois estão preparados não só para as feiras de ciências, mas também para a vida acadêmica e profissional. Fico muito feliz em ver esse progresso e saber que, de alguma forma, meu incentivo contribuiu para isso”, comemorou Jaci Souza, professora de robótica e orientadora do projeto.

Muito Mais que Música: um mergulho na história das Filarmônicas

O projeto que levou a equipe SHIVIS à FEBRACE se chama “Muito Mais que Música”. Ele investiga a história das Filarmônicas, grupos musicais comunitários que vão além da arte, desempenhando um papel social fundamental. Essas organizações não governamentais oferecem a pessoas em situação de vulnerabilidade a oportunidade de aprender um instrumento musical e, consequentemente, acesso à cultura e ao lazer. Durante a pesquisa, Joaquim e Marina se aprofundaram na rotina da Lira Carlos Gomes, Filarmônica localizada no município de Estância, Sergipe, e compreenderam a importância desses grupos para a formação cidadã dos participantes.

“A minha felicidade realmente é gigantesca! Eu topei participar com o Joaquim porque os projetos sempre foram minha parte preferida da robótica. Sempre foi o meu forte, porque robótica é mais do que robôs. Quando vi que existia a possibilidade de entrar em uma feira que é basicamente só de projetos, aquilo por si só já me motivou. O preparo para uma Feira de Ciências é científico e profissional, algo que muitos adultos não têm até os 40 anos. Você aprende a escrever artigos, a se portar bem, a falar ao público e a cativar as pessoas com o projeto. Então, estou super animada para ir a São Paulo e mostrar toda essa empolgação para eles!”, garantiu a aluna Marina Mascarenhas.

“Eu estou atrás de experiência, de novos conhecimentos e, com certeza, do prêmio! Depois que fui para a FENECIT20, percebi o quanto temos a possibilidade de conhecer novas pessoas, lugares e projetos incríveis. É muito divertido ver tantas ideias diferentes e cada jornada única para desenvolvê-las.” disse Joaquim Gomes.

Agora, com a apresentação do projeto na FEBRACE, o objetivo da equipe SHIVIS é conquistar uma vaga para a International Science and Engineering Fair (ISEF), a maior feira de ciência do mundo, e garantir espaço em outras competições internacionais. Mais do que uma competição, a jornada de Joaquim e Marina é uma prova de que a educação científica pode transformar realidades e construir um futuro melhor.